Fazer skincare íntimo pode arruinar a noite do Dia dos Namorados

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Ginecologista do CEUB revela os perigos dos cosméticos aromáticos para a região íntima

Dia dos Namorados é tempo de surpresas e presença calorosa. No caso da mulher, vale alerta aos cosméticos para as noites a dois e cuidado com a saúde íntima. Com afeto, carinho e conexão, o prazer seguro começa com o cuidado com o próprio corpo. Estella Sontag, professora de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), especialista em Reprodução Humana e Sexologia, alerta para os riscos de alguns hábitos que parecem inofensivos, mas podem comprometer o equilíbrio da flora vaginal e causar desconfortos durante as relações sexuais.

Na busca por estar “impecável e cheirosa”, muitas mulheres acabam exagerando na limpeza íntima, usando sabonetes perfumados e cheios de corantes. No entanto, o efeito pode ser o oposto do esperado. “Esses produtos agridem a pele da vulva, causam ardência, coceira, ressecamento e até dor durante o sexo”, explica a professora de Medicina. Os produtos alteram o pH natural da vagina, que é levemente ácido, e reduzem a proteção da mucosa. Para higienizar a vulva, o recomendado é usar apenas água ou um sabonete específico, sem cheiro forte e com moderação. “É um cuidado simples, mas que evita muito desconforto.”

Quando o assunto é bem-estar sexual, são comuns os lubrificantes íntimos. De acordo com a docente do CEUB, quando usados corretamente, estes produtos são aliados, sobretudo para quem sente dor ou ressecamento durante a relação. Os melhores são os à base de água ou silicone, que não interferem no pH da vagina e proporcionam conforto sem riscos. “É preciso atenção com versões com glicerina em excesso, aromas, sabores ou efeitos como esquenta e esfria. Eles podem aumentar a chance de infecções genitais e provocar irritação”, alerta.

Para a ginecologista, uma ótima alternativa para a saúde íntima feminina são os hidratantes vaginais, que, diferentemente dos lubrificantes, atuam como um tratamento contínuo para quem sofre com ressecamento, especialmente após a menopausa. “Existem fórmulas sem hormônio, muitas vezes com ácido hialurônico, que ajudam a manter a mucosa saudável por mais tempo”.

Menos é mais no cuidado íntimo da mulher

Pequenos hábitos fazem a diferença para a saúde íntima. Atitudes como lavar a parte externa da vulva uma vez ao dia, optar por calcinhas de algodão, trocar roupas molhadas com frequência e manter uma alimentação equilibrada protegem a região íntima no longo prazo. Entre os erros mais comuns, Estella Sontag cita lavagens internas (as chamadas duchas vaginais), o uso de lenços umedecidos com álcool ou perfume, dormir com roupas apertadas e achar que a vagina precisa ter cheiro artificial.  “A vagina tem um odor natural e isso é absolutamente normal. Esconder esse cheiro com fragrâncias pode fazer muito mal”, reforça a médica.

No momento da intimidade, menos é mais, destaca a ginecologista: antes do sexo, um banho com higiene leve é suficiente. Se houver ressecamento, o lubrificante correto pode garantir conforto e prazer. “Depois lavar somente a parte externa com água morna, evitando duchas internas e, se possível, urinar logo após o coito, isso ajuda a prevenir infecções urinárias.”

Mesmo fazendo tudo certo, a docente do CEUB afirma que ainda podem aparecer sintomas como coceira, corrimento com cheiro forte ou ardência, por algum desequilibro do PH vaginal. “O corpo dá sinais, e eles merecem atenção. Nenhum desconforto deve ser normalizado. Nesse sentido, não hesite em procurar um ginecologista” finaliza Estella.

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